A KLM e a Transavia assinaram um acordo mútuo para compartilhar uma lista de passageiros rudes. As duas empresas estão trabalhando juntas para identificar aqueles que se comportam de forma suspeita, tanto no avião quanto em terra, e podem bani-los dos voos da empresa por até cinco anos.
Para o vice presidente executivo de serviços de bordo da KLM, Paul Terstegge, a segurança a bordo é uma prioridade. “Passageiros indisciplinados têm um grande impacto sobre os voos. Qualquer forma de violência física contra tripulantes ou passageiros é inaceitável. Tal comportamento também leva a atrasos, o que é muito incômodo para os passageiros e caro para as companhias aéreas.”, disse.
O comportamento inaceitável durante o voo é um problema crescente. O número de reclamações sobre passageiros indisciplinados aumentou durante a pandemia. Atualmente, a KLM faz uma média de cinco reclamações por mês levando a banimentos, enquanto a Transavia proíbe pelo menos um passageiro por mês.
Apesar da queda no número de reclamações após a pandemia de COVID-19, o número de reclamações das companhias aéreas voltou a subir. O comportamento indisciplinado em grandes altitudes pode ter consequências significativas para passageiros e tripulantes.
Medida pode expandir para a Europa
A KLM e a Transavia analisaram cuidadosamente a melhor forma de compartilhar listas de passageiros proibidos entre si. Isso levará muito tempo porque, embora as duas companhias aéreas sejam membros do mesmo grupo, elas precisam lidar com regulamentações complexas e às vezes confusas.
Mesmo assim, as empresas conseguiram adaptar suas políticas e processos para compartilhar dados sobre passageiros banidos respeitando as regras de privacidade existentes. O desafio agora é ir mais longe na Holanda e na Europa como um todo.
O número crescente de incidentes, combinado com sua gravidade e impacto, levou a Transavia e a KLM a explorar se as companhias aéreas poderiam compartilhar mais dados entre si para promover a segurança dos voos. Eles começaram pedindo a políticos e funcionários que dessem às companhias aéreas mais opções legais para compartilhar dados de listas de passageiros proibidos, pelo menos dentro das fronteiras nacionais.
Com o tempo, esses esforços devem se concentrar no desenvolvimento de um conjunto de regras internacionais. Afinal, o problema do comportamento inaceitável dos passageiros transcende as companhias aéreas e as fronteiras nacionais. Infelizmente, muitos países carecem de legislação ou regulamentos tão fragmentados que os dados não podem ser compartilhados de uma forma que promova a segurança do voo.
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